Commandant Bonnot - Récit de la première traversée transatlantique de l’hydravion Latécoère 521 - 1935





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Carta do comandante Bonnot, escrita na sua chegada ao Brasil, em Natal, endereçada ao general da Força Aérea Victor Denain. Duas páginas em papel fino. Natal, 19 de dezembro de 1935.
Relatório interessante sobre a travessia transatlântica do primeiro jumbo transatlântico da história da aviação, o hidroavião Latécoère 521 batizado de 'lieutenant de vaisseau Paris', que podia transportar 72 passageiros com grande conforto.
O voo inaugural ocorreu em 10 de janeiro de 1935. Mas foi durante o mês de dezembro do mesmo ano que realizou sua primeira turnê, indo de Dakar a Natal (Brasil) e depois a Pensacola, na Flórida. Nesta carta, o comandante Bonnot, que pilotava o avião, ao chegar a Natal, faz um balanço da travessia e da tentativa de recorde mundial abortada. Ele explica as causas do atraso em relação ao programa previsto. "2/ Precisei ficar 5 dias em Dakar e depois perder 24 horas devido a uma partida perdida (coletor de escape quebrado, pouco grave, mas incidente que poderia se tornar perigoso). 3/ Preciso ficar quase 8 dias em Natal para ajustar detalhes de adaptação dos motores e esperar o material previsto aqui, que chegou atrasado [...]. A inconveniência não é muito grave, exceto no que diz respeito à tentativa de recorde não realizada. Mas considero que os 5600 km que o LV Paris pode fazer atualmente serão vantajosamente substituídos pelos 6000 km que provavelmente poderá percorrer no próximo ano. Por outro lado, a vantagem será mostrar aos americanos uma aeronave completamente preparada, pois pretendo aproveitar a estadia relativamente longa em Fort de France para concluir os ajustes." Ele lamenta que não tenham tido tempo de fazer todos os testes planejados na França. "De fato, devido ao acidente no Havre e ao atraso subsequente nos trabalhos pela Latécoère, conseguimos realizar apenas 2 voos curtos acima de 35 toneladas, justamente nessas cargas elevadas que revelam as avarias que nos retêm. Essas avarias são, aliás, bastante leves. De fato, nem o planador nem os motores mostram sinais de fadiga, apenas as carenagens e revestimentos metálicos dos fusos rasgam-se e desprendem-se [...]. Devemos tirar as seguintes conclusões desses incidentes: 1/ Somente durante uma viagem de uso é que uma calibração pode ser concluída. Considero que, à medida que a viagem avança, os incidentes diminuirão em número e gravidade. 2/ É indispensável que, para aeronaves grandes e médias, o usuário experiente possa não apenas controlar os ajustes, mas também ordená-los e impô-los. Tudo o que foi feito conforme minhas instruções funcionou perfeitamente, tudo o que foi discutido e feito para leveza e economia quebrou [...].
Cabeçalho do hidroavião Tenente de vaisseau Paris.
Carta do comandante Bonnot, escrita na sua chegada ao Brasil, em Natal, endereçada ao general da Força Aérea Victor Denain. Duas páginas em papel fino. Natal, 19 de dezembro de 1935.
Relatório interessante sobre a travessia transatlântica do primeiro jumbo transatlântico da história da aviação, o hidroavião Latécoère 521 batizado de 'lieutenant de vaisseau Paris', que podia transportar 72 passageiros com grande conforto.
O voo inaugural ocorreu em 10 de janeiro de 1935. Mas foi durante o mês de dezembro do mesmo ano que realizou sua primeira turnê, indo de Dakar a Natal (Brasil) e depois a Pensacola, na Flórida. Nesta carta, o comandante Bonnot, que pilotava o avião, ao chegar a Natal, faz um balanço da travessia e da tentativa de recorde mundial abortada. Ele explica as causas do atraso em relação ao programa previsto. "2/ Precisei ficar 5 dias em Dakar e depois perder 24 horas devido a uma partida perdida (coletor de escape quebrado, pouco grave, mas incidente que poderia se tornar perigoso). 3/ Preciso ficar quase 8 dias em Natal para ajustar detalhes de adaptação dos motores e esperar o material previsto aqui, que chegou atrasado [...]. A inconveniência não é muito grave, exceto no que diz respeito à tentativa de recorde não realizada. Mas considero que os 5600 km que o LV Paris pode fazer atualmente serão vantajosamente substituídos pelos 6000 km que provavelmente poderá percorrer no próximo ano. Por outro lado, a vantagem será mostrar aos americanos uma aeronave completamente preparada, pois pretendo aproveitar a estadia relativamente longa em Fort de France para concluir os ajustes." Ele lamenta que não tenham tido tempo de fazer todos os testes planejados na França. "De fato, devido ao acidente no Havre e ao atraso subsequente nos trabalhos pela Latécoère, conseguimos realizar apenas 2 voos curtos acima de 35 toneladas, justamente nessas cargas elevadas que revelam as avarias que nos retêm. Essas avarias são, aliás, bastante leves. De fato, nem o planador nem os motores mostram sinais de fadiga, apenas as carenagens e revestimentos metálicos dos fusos rasgam-se e desprendem-se [...]. Devemos tirar as seguintes conclusões desses incidentes: 1/ Somente durante uma viagem de uso é que uma calibração pode ser concluída. Considero que, à medida que a viagem avança, os incidentes diminuirão em número e gravidade. 2/ É indispensável que, para aeronaves grandes e médias, o usuário experiente possa não apenas controlar os ajustes, mas também ordená-los e impô-los. Tudo o que foi feito conforme minhas instruções funcionou perfeitamente, tudo o que foi discutido e feito para leveza e economia quebrou [...].
Cabeçalho do hidroavião Tenente de vaisseau Paris.

