Roma Antiga, Império Mármore Alívio agradável com Dmanatio ad Bestias. 42 cm de comprimento. Século I - II d.C. Licença de






Dirigiu o Museu da Coleção Ifergan, especializado em arqueologia fenícia.
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Relief em mármore do Império Romano intitulado Nice Relief with Damnatio ad Bestias, dos séculos I–II d.C., com 42 cm de comprimento e 21,5 cm de altura, em bom estado, com suporte de museu, proveniente de coleção privada.
Descrição fornecida pelo vendedor
Fragmento com Damnatio Ad Bestias
Roma Antiga, séculos I - II d.C.
Mármore.
Comprimento 42 cm Altura 21,5 cm sem suporte.
Suporte de metal para museu incluso.
Condição: Fragmento sem restaurações, em bom estado.
Proveniência
Coleção privada de Alison Barker (1951-2021), Chichester, Reino Unido.
Descrição
Fragmento escultórico romano em mármore, em relevo em dois planos. Apresenta, numa composição contínua em forma de friso, três figuras interligadas: um tigre e dois homens. A besta aparece erguida sobre suas patas traseiras, à esquerda, com suas garras e mandíbulas cravadas nas costas de um dos homens. Este, prestes a morrer, inclina-se diante do segundo personagem, que parece estar de pé diante dele, com a mão direita repousando na cabeça da vítima. As três figuras estão representadas em perfil rigoroso, embora isso não prejudique o naturalismo da cena, cujo dinamismo é acentuado pelo fato de as figuras estarem inclinadas para a esquerda: o tigre apoia seu peso na vítima, e esta, por sua vez, no que parece ser seu salvador, que, embora também inclinado para trás, recua a perna esquerda para se firmar no chão, restringindo o movimento das outras duas figuras. Assim, o escultor destaca, composicionalmente, o papel central dessa segunda figura, que também é realçada pela riqueza de suas roupas: enquanto o homem atacado veste uma túnica curta, o personagem ereto usa uma toga e um manto largo que, inflado pelo vento, forma um grande arco atrás dele. No extremo esquerdo da composição, pode-se ver parte de uma terceira figura, uma perna nua, estendida em pleno movimento.
Devido ao seu formato, estreito e alongado, com uma área plana na parte superior, pode-se deduzir que esse relevo originalmente pertencia à decoração escultórica de um sarcófago. Seria parte de um friso contínuo mais longo, elemento comum na composição ornamental de sarcófagos romanos.
Sobre o tema representado, trata-se de uma cena do que é conhecido como damnatio ad bestias, um tipo de pena de morte que consistia em lançar o condenado às feras selvagens. Essa punição podia ser realizada de diferentes formas, mas geralmente acontecia na arena do circo. A prática, de origem oriental, foi importada para Roma não apenas como punição para criminosos, mas também, e ao mesmo tempo, como espetáculo. As feras preferidas eram os grandes felinos, especialmente o tigre, embora ao longo de seus séculos de desenvolvimento outras feras selvagens, como o urso, o javali, o elefante ou o rinoceronte, também fossem usadas. Traída de Cartago pelos comandantes vitoriosos dos macedônios em 167 a.C., a damnatio ad bestias era originalmente uma punição destinada apenas a soldados inimigos acusados de traição ou deserção, que eram amarrados a um poste e deixados indefesos contra as feras selvagens. Com o tempo, dada a paixão do povo romano por assistir a essas punições, a damnatio ad bestias tornou-se um espetáculo de considerável complexidade, com até nuances teatrais.
Os condenados podiam ser colocados em uma jaula cheia de feras, ou na arena do circo, amarrados e indefesos. Às vezes, porém, eram fornecidos com armas para tornar o espetáculo mais interessante, e essas execuções eram até concebidas como batalhas fantásticas entre homens e animais: Pompeu, durante seu segundo consulado (55 d.C.), organizou uma luta entre gladiadores fortemente armados e dezoito elefantes. O sucesso do espetáculo foi tal que, algumas décadas depois, na década de 1980, fazia parte dos jogos inaugurais no anfiteatro Flávio.
Embora houvesse imperadores, como Calígula, que usaram essa pena de morte para todo tipo de criminosos de forma indiscriminada, o código penal romano determinava que a damnatio ad bestias fosse reservada para desertores do exército, aqueles que usavam magia para prejudicar outros, envenenadores, falsificadores, criminosos políticos, parricidas, instigadores de revoltas populares e sequestro de crianças. Além disso, entre os séculos I e III, ela também era usada como punição para escravos fugitivos e cristãos. A prova de quão popular essa punição era é o fato de que a Lex Petronia, no ano 61, proibiu especificamente que cidadãos entregassem seus escravos às feras sem julgamento prévio. A prática foi finalmente abolida em Roma em 681, embora com uma exceção: em 1022, já na época bizantina, um eunuco real que havia conspirado contra o imperador foi lançado às feras.
Apesar do que se pode observar no relevo em estudo, a damnatio ad bestias não era uma punição que contemplasse a possibilidade de perdão. Era a forma mais humilhante de morrer e, ao mesmo tempo, um espetáculo caro e complexo de se organizar. Não havia, portanto, possibilidade de retorno. Isso nos permite pensar que, no caso deste relevo, algum tipo de cena mítica está sendo representada. De fato, na damnatio ad bestias era comum que a punição fosse encenada como se fosse uma história mitológica. Marcial descreve, por exemplo, a morte de um condenado que, apresentado ao público como Orfeu, é despedaçado por um urso em um palco decorado com árvores, evocando o Jardim das Hespérides. Em todo caso, as cenas de punição eram em Roma uma clara expressão do poder dos governantes, e é precisamente isso que se reflete no relevo em estudo: há uma figura digna (posição, vestimentas, atitude) em cujas mãos repousa o poder sobre a vida e a morte do condenado que, tendo infringido a lei, perdeu todos os seus direitos e qualquer tipo de controle sobre a própria vida. É possível, portanto, uma leitura simbólica e moralizante da cena, que nos fala sobre a punição "justa" que aguarda aqueles que não respeitam a lei comum.
Notes:
A peça inclui certificado de autenticidade.
- A peça inclui Licença de Exportação espanhola (Passaporte para a União Europeia). Se a peça for destinada fora da União Europeia, deve ser solicitada uma substituição da permissão de exportação, o que pode levar de 1 a 2 semanas no máximo.
O vendedor garante que adquiriu esta peça de acordo com todas as leis nacionais e internacionais relacionadas à propriedade de bens culturais. Declaração de proveniência vista pela Catawiki.
Mais sobre o vendedor
Fragmento com Damnatio Ad Bestias
Roma Antiga, séculos I - II d.C.
Mármore.
Comprimento 42 cm Altura 21,5 cm sem suporte.
Suporte de metal para museu incluso.
Condição: Fragmento sem restaurações, em bom estado.
Proveniência
Coleção privada de Alison Barker (1951-2021), Chichester, Reino Unido.
Descrição
Fragmento escultórico romano em mármore, em relevo em dois planos. Apresenta, numa composição contínua em forma de friso, três figuras interligadas: um tigre e dois homens. A besta aparece erguida sobre suas patas traseiras, à esquerda, com suas garras e mandíbulas cravadas nas costas de um dos homens. Este, prestes a morrer, inclina-se diante do segundo personagem, que parece estar de pé diante dele, com a mão direita repousando na cabeça da vítima. As três figuras estão representadas em perfil rigoroso, embora isso não prejudique o naturalismo da cena, cujo dinamismo é acentuado pelo fato de as figuras estarem inclinadas para a esquerda: o tigre apoia seu peso na vítima, e esta, por sua vez, no que parece ser seu salvador, que, embora também inclinado para trás, recua a perna esquerda para se firmar no chão, restringindo o movimento das outras duas figuras. Assim, o escultor destaca, composicionalmente, o papel central dessa segunda figura, que também é realçada pela riqueza de suas roupas: enquanto o homem atacado veste uma túnica curta, o personagem ereto usa uma toga e um manto largo que, inflado pelo vento, forma um grande arco atrás dele. No extremo esquerdo da composição, pode-se ver parte de uma terceira figura, uma perna nua, estendida em pleno movimento.
Devido ao seu formato, estreito e alongado, com uma área plana na parte superior, pode-se deduzir que esse relevo originalmente pertencia à decoração escultórica de um sarcófago. Seria parte de um friso contínuo mais longo, elemento comum na composição ornamental de sarcófagos romanos.
Sobre o tema representado, trata-se de uma cena do que é conhecido como damnatio ad bestias, um tipo de pena de morte que consistia em lançar o condenado às feras selvagens. Essa punição podia ser realizada de diferentes formas, mas geralmente acontecia na arena do circo. A prática, de origem oriental, foi importada para Roma não apenas como punição para criminosos, mas também, e ao mesmo tempo, como espetáculo. As feras preferidas eram os grandes felinos, especialmente o tigre, embora ao longo de seus séculos de desenvolvimento outras feras selvagens, como o urso, o javali, o elefante ou o rinoceronte, também fossem usadas. Traída de Cartago pelos comandantes vitoriosos dos macedônios em 167 a.C., a damnatio ad bestias era originalmente uma punição destinada apenas a soldados inimigos acusados de traição ou deserção, que eram amarrados a um poste e deixados indefesos contra as feras selvagens. Com o tempo, dada a paixão do povo romano por assistir a essas punições, a damnatio ad bestias tornou-se um espetáculo de considerável complexidade, com até nuances teatrais.
Os condenados podiam ser colocados em uma jaula cheia de feras, ou na arena do circo, amarrados e indefesos. Às vezes, porém, eram fornecidos com armas para tornar o espetáculo mais interessante, e essas execuções eram até concebidas como batalhas fantásticas entre homens e animais: Pompeu, durante seu segundo consulado (55 d.C.), organizou uma luta entre gladiadores fortemente armados e dezoito elefantes. O sucesso do espetáculo foi tal que, algumas décadas depois, na década de 1980, fazia parte dos jogos inaugurais no anfiteatro Flávio.
Embora houvesse imperadores, como Calígula, que usaram essa pena de morte para todo tipo de criminosos de forma indiscriminada, o código penal romano determinava que a damnatio ad bestias fosse reservada para desertores do exército, aqueles que usavam magia para prejudicar outros, envenenadores, falsificadores, criminosos políticos, parricidas, instigadores de revoltas populares e sequestro de crianças. Além disso, entre os séculos I e III, ela também era usada como punição para escravos fugitivos e cristãos. A prova de quão popular essa punição era é o fato de que a Lex Petronia, no ano 61, proibiu especificamente que cidadãos entregassem seus escravos às feras sem julgamento prévio. A prática foi finalmente abolida em Roma em 681, embora com uma exceção: em 1022, já na época bizantina, um eunuco real que havia conspirado contra o imperador foi lançado às feras.
Apesar do que se pode observar no relevo em estudo, a damnatio ad bestias não era uma punição que contemplasse a possibilidade de perdão. Era a forma mais humilhante de morrer e, ao mesmo tempo, um espetáculo caro e complexo de se organizar. Não havia, portanto, possibilidade de retorno. Isso nos permite pensar que, no caso deste relevo, algum tipo de cena mítica está sendo representada. De fato, na damnatio ad bestias era comum que a punição fosse encenada como se fosse uma história mitológica. Marcial descreve, por exemplo, a morte de um condenado que, apresentado ao público como Orfeu, é despedaçado por um urso em um palco decorado com árvores, evocando o Jardim das Hespérides. Em todo caso, as cenas de punição eram em Roma uma clara expressão do poder dos governantes, e é precisamente isso que se reflete no relevo em estudo: há uma figura digna (posição, vestimentas, atitude) em cujas mãos repousa o poder sobre a vida e a morte do condenado que, tendo infringido a lei, perdeu todos os seus direitos e qualquer tipo de controle sobre a própria vida. É possível, portanto, uma leitura simbólica e moralizante da cena, que nos fala sobre a punição "justa" que aguarda aqueles que não respeitam a lei comum.
Notes:
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- A peça inclui Licença de Exportação espanhola (Passaporte para a União Europeia). Se a peça for destinada fora da União Europeia, deve ser solicitada uma substituição da permissão de exportação, o que pode levar de 1 a 2 semanas no máximo.
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Aviso Legal
O vendedor foi informado pela Catawiki sobre os requisitos em termos de documentação e garante o seguinte: - o objeto foi obtido legalmente, - o vendedor tem o direito de vender e/ou exportar o objeto, conforme aplicável, - o vendedor fornecerá toda a informação necessária sobre a proveniência e providenciará a documentação e autorizações/licenças necessárias, conforme aplicável e de acordo com a legislação local, - o vendedor informará o comprador de eventuais atrasos na obtenção de autorizações/licenças. Ao licitar, declara ter conhecimento de que poderá ser necessária documentação de importação, dependendo do seu país de residência, e que a obtenção de autorizações/licenças poderá causar atrasos na entrega do seu objeto.
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