Lewis Baltz - Northwest Wall Unoccupied Industrial Spaces 17875 C and D Skypark Circle Irvine

Os assinantes da revista art receberam essa fotografia e todas as demais da série como uma impressão de alta qualidade publicada pela STEIDL Verlag. Para cada edição, o papel, o formato e os métodos de impressão foram cuidadosamente escolhidos em conjunto com o artista fotográfico. Assim, surgiu uma coleção de fotografia contemporânea de alta qualidade, em uma edição preciosa.

Lewis Baltz
Imagens extraordinárias, cristalinas, quase gráficas.
Lewis Baltz fez história na fotografia com seus primeiros trabalhos. Durante um período de crescimento econômico no início da década de 1970, ele encontrou seu tema na nova infraestrutura suburbana, com suas rodovias, shoppings e parques industriais. Em sua extensa série "Novos Parques Industriais Próximos a Irvine, Califórnia", publicada em 1975, o artista, nascido em Newport Beach em 1945, explora a aparência desses novos edifícios utilitários. Caracterizadas pela intercambialidade e anonimato, as fotografias em preto e branco de Baltz deixam claro que não existe mais nenhuma relação estabelecida entre os edifícios e seus ocupantes: as fachadas não revelam mais o que é produzido por trás delas.
Embora as fotografias radicais e altamente abstratas de Baltz difiram das imagens predominantemente objetivas da "Nova Topografia", ele é repetidamente citado como representante desse movimento que definiu o estilo. Esses artistas, com sua linguagem visual distanciada, estavam orientados pelas fotografias dos pioneiros da fotografia do século XIX. Enquanto estes buscavam a representação mais precisa possível da realidade visível em suas fotografias estritamente documentais, seus sucessores usavam os meios fotográficos para formular sua própria visão de mundo. Outras séries, criadas na Califórnia, Nevada e Utah, abordam a transformação abrangente do mito americano de uma paisagem natural intocada em uma paisagem cultural e utilitária. Baltz apresentava seus conjuntos de obras como quadros do tamanho de paredes, que permitiam a visualização comparativa.
Desde o final da década de 1980, o artista, hoje aclamado internacionalmente, viveu e lecionou na Europa. Seu trabalho passou a se concentrar na fotografia colorida, explorando o surgimento de novas tecnologias e técnicas de produção. Como nenhum outro fotógrafo, ele utilizou a fria precisão desse meio técnico para dissecar a realidade do capitalismo tardio e apresentar nossa alienação em imagens analíticas e, ao mesmo tempo, cristalinas. Lewis Baltz faleceu em 22 de novembro de 2014, em Paris.