Roberto Lazzarini (1951) e Ada Alexandrova (1984) - Piro Piro

Roberto Lazzarini (1951) e Ada Alexandrova (1984)
Técnica mista, acrílico, stoffe resina sobre tela com efeito amassado.
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Biografia
- Roberto Lazzarini nasce em Massarosa em 1951, suas raízes estão firmemente enraizadas na Versilia, a poucos passos do mar. Seu percurso artístico começa ainda na juventude, em constante busca e experimentação, alguém que o conhece pessoalmente diria: uma alma inquieta que não se opõe a uma alma artística. As primeiras obras de tom expressionista já evidenciam uma forte personalidade e um impulso criativo que se manifesta no uso da cor. As combinações cromáticas são energéticas, decididas, muitas vezes contrastantes, a massa é rica e material. Por muitos anos, Lazzarini não consegue se afastar completamente da figuratividade, pintando homens, casas, árvores, rios, animais, inseridos em um espaço totalmente particular, onde a cor predomina sobre as formas. Seus quadros não têm ordem compositiva e não seguem as regras da perspectiva; são imagens da mente e da realidade interior que se materializam na tela de forma dispersa, espontânea e gestual, sem desenho preparatório, sem esquema racional, a ideia surge de forma explosiva e invade o espaço da tela. Lazzarini usa a espátula, preferindo-a ao pincel, porque a marca é nítida, o gesto expressa força e determinação e não há retorno. Com o passar dos anos, ele se afasta gradualmente da representação figurativa e inicia o percurso da abstração, onde parece ter encontrado seu caminho de casa. Nunca a cor foi tão expressiva, o gesto rápido e seguro, as formas emergem da profundidade das combinações cromáticas em uma contínua sobreposição. Os colagens de 2008 marcam a transição para a busca de uma profundidade ou tridimensionalidade que não seja mais ilusão ou aparência, cor habilmente dosada na bidimensionalidade da superfície. Com essas obras, as telas coladas e sobrepostas uma à outra saem do quadro, criando sombras e relevos reais, mesmo que levemente perceptíveis.
- Ada Alexandrova nasce em Ust Kamenogorsk em 1984, sua obra ocupa um ponto onde se dissolve a distinção entre realismo e abstração, difundindo-se em estratégias fluidas impregnadas pelas dúvidas que a prática da pintura levanta. Cruzamentos e contradições colocam em jogo certas estruturas básicas, sem permitir que se tornem ideologia. Ela acredita no paradoxo que confirma uma crença: uma coincidência livre que transcende a oposição entre razão e intuição. As diversidades estilísticas e temáticas da artista incluem uma coleção consistente de ideias que ela passou a expressar com cada vez mais precisão. Consegue recuperar uma prática cotidiana, mas sempre crítica. A pintura é a única verdade cercada por tantas outras; suas obras são modelos heterogêneos que permitem, e até exigem, uma mudança e transformação perpétuas. Ela trabalha há algum tempo na Itália e realiza criações a quatro mãos com o mestre Roberto Lazzarini.