Victor Lenepveu - Musée des Horreurs - Dreyfus Affaire






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Affiche Historique – Victor Lenepveu para Le Petit Journal (apoiado)
Março/Abril 1900 – Litografia original colorida por Impr.-Gérant Lenepveu, Paris (58 rue Dulong) – 65 x 50 cm
Esta cartaz satírico, proveniente da série «Museu das Horrores» (No 24: «Coquin»), retrata uma caricatura antropomórfica de um macaco com condecorações e bigode, polindo suas garras em uma bacia enquanto usa a Legião de Honra, simbolizando vaidade e corrupção. Cercado por cortinas teatrais, ele mira Isidore-René Jacob (conhecido como Paquin), alfaiate judeu parisiense e moderado dreyfusard, acusado de venalidade e influência oculta na moda e na política. Assinada por «V. Lenepveu» (Victor Lenepveu, 1865-1947, caricaturista anti-dreyfusard formado na École des Beaux-Arts), esta obra faz parte da campanha propagandística do jornal conservador Le Petit Journal, dirigido por Paul Dupuy.
Publicada na primavera de 1900, a série de 52 cartazes (mais um frontispício e uma capa) ridiculariza os apoiadores de Alfred Dreyfus durante o julgamento de Rennes (agosto a dezembro de 1899), no centro do Caso Dreyfus (1894-1906). Este escândalo divide a França: o exército, a Igreja Católica e os nacionalistas (apoiados por Édouard Drumont através de La Libre Parole) contra os republicanos, intelectuais (Émile Zola com 'J’accuse… !' em 1898, Georges Clemenceau) e judeus assimilados que clamavam por uma revisão por traição antissemita.
O « Museu das Horrores » – ironia sobre os gabinetes de curiosidades – recicla estereótipos antissemitas do « Judeu macaco » (heranças de Daumier e Cham), amplificando o ódio de Estado: Paquin, fundador da casa de moda Paquin (1891), é retratado como um intrigante manipulador, alegoria do anti-maçonismo e do anti-Dreyfus.
Vendido em portfólio completo (2.000 desenhos por 40 F) no escritório de vendas do jornal (10 rua do Croissant, Paris), a tiragem atinge 100.000 exemplares, financiada por assinaturas nacionalistas. Historicamente, essa série influencia a opinião até a graça parcial de Dreyfus (setembro de 1899) e sua reabilitação (1906), documentando o cisma social da Belle Époque e a weaponização da caricatura na III República, ao lado de obras pró-Dreyfus, como as de Gill ou Forain.
Exposta hoje no mahJ (Museu de Arte e História do Judaísmo) como testemunho do antissemitismo, ela ilustra a transição para as tensões pré-1914.
Objeto raro da história gráfica e política francesa, codificado pelos colecionadores de cartazes militantes e de epistemologia dreyfusiana. Preço sob consulta – Peça sensível para coleções especializadas.
As imagens fazem parte da descrição. Entrega em ponto de coleta.
Affiche Historique – Victor Lenepveu para Le Petit Journal (apoiado)
Março/Abril 1900 – Litografia original colorida por Impr.-Gérant Lenepveu, Paris (58 rue Dulong) – 65 x 50 cm
Esta cartaz satírico, proveniente da série «Museu das Horrores» (No 24: «Coquin»), retrata uma caricatura antropomórfica de um macaco com condecorações e bigode, polindo suas garras em uma bacia enquanto usa a Legião de Honra, simbolizando vaidade e corrupção. Cercado por cortinas teatrais, ele mira Isidore-René Jacob (conhecido como Paquin), alfaiate judeu parisiense e moderado dreyfusard, acusado de venalidade e influência oculta na moda e na política. Assinada por «V. Lenepveu» (Victor Lenepveu, 1865-1947, caricaturista anti-dreyfusard formado na École des Beaux-Arts), esta obra faz parte da campanha propagandística do jornal conservador Le Petit Journal, dirigido por Paul Dupuy.
Publicada na primavera de 1900, a série de 52 cartazes (mais um frontispício e uma capa) ridiculariza os apoiadores de Alfred Dreyfus durante o julgamento de Rennes (agosto a dezembro de 1899), no centro do Caso Dreyfus (1894-1906). Este escândalo divide a França: o exército, a Igreja Católica e os nacionalistas (apoiados por Édouard Drumont através de La Libre Parole) contra os republicanos, intelectuais (Émile Zola com 'J’accuse… !' em 1898, Georges Clemenceau) e judeus assimilados que clamavam por uma revisão por traição antissemita.
O « Museu das Horrores » – ironia sobre os gabinetes de curiosidades – recicla estereótipos antissemitas do « Judeu macaco » (heranças de Daumier e Cham), amplificando o ódio de Estado: Paquin, fundador da casa de moda Paquin (1891), é retratado como um intrigante manipulador, alegoria do anti-maçonismo e do anti-Dreyfus.
Vendido em portfólio completo (2.000 desenhos por 40 F) no escritório de vendas do jornal (10 rua do Croissant, Paris), a tiragem atinge 100.000 exemplares, financiada por assinaturas nacionalistas. Historicamente, essa série influencia a opinião até a graça parcial de Dreyfus (setembro de 1899) e sua reabilitação (1906), documentando o cisma social da Belle Époque e a weaponização da caricatura na III República, ao lado de obras pró-Dreyfus, como as de Gill ou Forain.
Exposta hoje no mahJ (Museu de Arte e História do Judaísmo) como testemunho do antissemitismo, ela ilustra a transição para as tensões pré-1914.
Objeto raro da história gráfica e política francesa, codificado pelos colecionadores de cartazes militantes e de epistemologia dreyfusiana. Preço sob consulta – Peça sensível para coleções especializadas.
As imagens fazem parte da descrição. Entrega em ponto de coleta.
