Santorio Santorio - Methodi Vitandorum Errorum - 1630






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Santorio Santorio, Methodi Vitandorum Errorum, em latim em pele de vitelo, 713 páginas, apresenta o pulsilogium e a medição quantitative do pulso.
Descrição fornecida pelo vendedor
Clássico médico extremamente raro que introduziu a medição quantitativa do pulso.
Esta é a segunda edição da obra extremamente rara de Santorio, na qual ele introduziu a ideia radical de que as propriedades do corpo dependiam não apenas da interpretação galênica imprecisa do equilíbrio dos humores, mas também de qualidades que poderiam ser medidas quantitativamente com instrumentos.
Neste trabalho, Santorio apresentou sua primeira discussão sobre seu pulso-relógio (‘pulsilogium’), o primeiro instrumento para medir o pulso, e sua escala (veja abaixo para mais detalhes). Este é um dos livros médicos mais raros do século XVII.
Ao longo da maior parte dos séculos XVII e XVIII, o nome de Santorio foi associado ao de Harvey como a maior figura na fisiologia e medicina experimental, devido à sua introdução de instrumentos de precisão para estudos quantitativos.
Ele também foi o fundador da pesquisa metabólica. Usando-se como sujeito, Santorio realizou uma longa série de experimentos com a balança e o relógio de pulso mencionados aqui pela primeira vez, bem como com um termômetro e outros instrumentos de medição. Ele utilizou esses instrumentos para medir fenômenos metabólicos como a frequência do pulso, a respiração, a temperatura corporal e as variações diárias no peso do corpo em relação à ingestão e excreção. O trabalho de Santorio introduziu a experimentação quantitativa na ciência biológica e abriu caminho para a análise matemática e experimental dos fenômenos fisiológicos.
SOBRE O LIVRO:
O título completo do livro é 'Sanctorii Sanctorii Justinopolitani Medici ac Philosophi, Methodi vitandorum errorum omnium qui in arte medica contingunt libri quindecim : quorum principia sunt ab auctoritate medicorum & philosophorum principum desumpta, eaque omnia experimentis, & rationibus analyticis comprobata. Nunc primum accessit ejusdem authoris De inventione remediorum liber. Cum triplice indice.'
Sanctorius de Justinopolis, Médico e Filósofo, Quinze livros sobre métodos para evitar todos os erros na arte médica: cujos princípios são baseados na autoridade dos principais médicos e filósofos, e todos comprovados por experimentos e raciocínio analítico. Agora, pela primeira vez, acrescenta-se o livro do autor Sobre a Descoberta de Remédios, com um índice triplo.
Em essência, o livro detalha como evitar erros na prática médica fundamentando princípios em autoridades estabelecidas, evidências experimentais e análise lógica. Também inclui uma seção sobre a busca por remédios.
DETALHES DO LIVRO E RELATÓRIO DE CONDIÇÃO
Oitavo, pp. [16] 605 [1], [50] 108. A primeira seção do livro tem 605 páginas, a segunda seção tem 108 páginas. 33 folhas não numeradas no total. Vellum contemporâneo com letras de tinta na lombada. Vellum em ótimo estado. Uma junta está solta, mas o livro permanece bem unido. Possui selo na página de rosto da Bibliothèque de Sciences et Médicales de Ganat (Aller). Nome do antigo proprietário também foi riscado na página de rosto. Página de rosto com letras vermelhas e pretas. Algumas manchas de água menores na parte inferior de algumas páginas. No geral, as páginas estão nítidas e limpas. Não há evidências de manchas de ferrugem ou vermes. Condição: muito bom.
Análise de raridade
Este livro é extremamente raro. Segundo a USTC, ele está disponível em quatro edições: a primeira edição de Veneza de 1603, a segunda edição de 1630 (Genebra), que é a cópia oferecida, a segunda edição de 1630 (Veneza) e a terceira edição de 1631 (Genebra). O livro é extremamente escasso, sem cópias de nenhuma das edições de 1630 aparecendo em leilões no último século. A de 1603 já apareceu duas vezes, com preços na faixa de três a cinco mil dólares. A USTC observa que há dezesseis cópias da primeira edição (1603) nas bibliotecas do mundo e doze cópias da edição de 1630 oferecida, incluindo três em bibliotecas francesas (incluindo a BNF), quatro na Alemanha, duas na Suíça, uma no Reino Unido (Bodley) e duas nos EUA (Harvard Countway e Georgetown). Uma cópia da primeira edição está à venda no mercado de revendedores hoje por um preço de US$ 12.500.
PROVENANCE
Este livro faz parte da coleção do famoso colecionador francês de livros Arthur Tatossian.
REFERÊNCIAS:
Edição 1603: Garrison-Morton 572.1; Gedeon pp.36-37; Wellcome I, 5757; Alden e Landis 603/101; Krivatsy 10250. 1630 (Genebra): Swissbib 440953898; USTC 6701743.
Importância do livro: Medição da Frequência Cardíaca.
O primeiro médico conhecido a medir sistematicamente a frequência do pulso foi Herophilos de Calcedon, um médico grego que atuou em Alexandria por volta de 335–280 a.C. Ele contribuiu significativamente para os diagnósticos precoces ao usar um relógio de água (clepsydra) para medir a frequência do pulso, permitindo uma avaliação mais objetiva de seu ritmo e taxa. Herophilos entendia o pulso como um indicador de saúde, e seus esforços representaram uma das primeiras tentativas de quantificar a função fisiológica.
O trabalho dele estabeleceu as bases para médicos posteriores, especialmente Galeno no século II EC, que expandiu o diagnóstico pelo pulso ao classificar vários tipos de ritmos de pulso e relacioná-los a doenças específicas. Na medicina islâmica medieval, Avicenna (Ibn Sina) aprimorou ainda mais essa abordagem, enfatizando o valor diagnóstico do pulso e sugerindo que ele poderia refletir não apenas estados físicos, mas também emocionais. Essas contribuições ajudaram a consolidar o pulso como uma ferramenta central na avaliação clínica por séculos.
Após Avicena, o primeiro médico a discutir sistematicamente a medição da frequência do pulso foi Santorio Santorio neste livro. Santorio destacou-se por aplicar a medição quantitativa, baseada em instrumentos, à fisiologia — incluindo o pulso.
Santório introduziu o pulsilogium no início do século XVII — um instrumento inspirado no pêndulo (influenciado pelos estudos de Galileu sobre o movimento). Este dispositivo permitia uma medição precisa e consistente da frequência do pulso, ajustando a frequência de um pêndulo oscilante ao batimento cardíaco do paciente. Diferente do relógio de água de Herófilo, que era mais rudimentar, o pulsilogium oferecia um método padronizado e repetível para medir intervalos de pulso com uma precisão sem precedentes.
Nesse aspecto, Santorio foi um pioneiro da escola iatropísica, que buscava explicar as funções corporais usando princípios de mecânica e matemática. Seu trabalho marcou uma mudança da medicina qualitativa e observacional (caracterizada por Galeno) para uma abordagem quantitativa e empírica, utilizando ferramentas e dados para estudar o corpo humano.
SOBRE O AUTOR:
Nota: Uma discussão fascinante e abrangente sobre a vida notável de Santorio foi publicada por Hollerbach em 2023. Você pode encontrá-la pesquisando no Google Santorio e Hollerbach. Ele discute como o livro presente foi importante para a carreira de Santorio – especificamente, ao permitir-lhe obter uma cátedra prestigiosa em Pádua.
Santorio Santorio (1561–1636), também conhecido como Sanctorius, foi um médico, fisiologista e professor italiano que desempenhou papel fundamental no desenvolvimento inicial da medicina quantitativa. Nascido em Capodistria (agora Koper, Eslovênia), então parte da República de Veneza, foi educado em medicina na Universidade de Pádua, um dos principais centros de investigação científica da Europa durante o Renascimento. Lá, entrou em contato com novas ideias em anatomia, física e ciência experimental que moldariam sua carreira. Inspirado pela filosofia mecânica emergente após as descobertas de Galileu, Santorio buscou integrar matemática e medição na prática tradicionalmente qualitativa da medicina.
Em 1611, Santorio foi nomeado professor de medicina teórica na Universidade de Pádua, cargo que ocupou até 1624. Durante esse período, estabeleceu-se como uma figura central na escola iatorfísica, que aplicava princípios mecânicos e físicos ao estudo do corpo humano. Foi em Pádua que Santorio colaborou com Galileu Galilei e outros filósofos naturais, e onde desenvolveu seu instrumento mais famoso, o pulsilógio. Este dispositivo — essencialmente um pêndulo ajustado para sincronizar com o pulso do paciente — permitiu a primeira medição sistemática e numérica da frequência cardíaca, aprimorando os métodos mais rudimentares dos antigos médicos como Herofilo, que utilizavam relógios de água.
A maior e mais influente obra de Santorio foi a publicação de seu De Statica Medicina (1614), na qual registrou trinta anos de autoexperimentos. Usando uma cadeira de pesagem especialmente projetada, ele mediu meticulosamente seu próprio peso corporal, ingestão de alimentos, excreções e transpiração insensível (a perda de peso não explicada por saídas corporais visíveis). Essa abordagem metódica e baseada em dados fez dele um pioneiro nos estudos metabólicos e um dos primeiros cientistas a enfatizar a importância da observação quantitativa na medicina. Seu trabalho marcou uma transição da teoria humoral da medicina para um modelo mais moderno e empírico.
A integração de instrumentos científicos na medicina por Santorio estabeleceu as bases para avanços posteriores em fisiologia e diagnóstico clínico. Seu trabalho exemplifica o fermento intelectual de Pádua na Renascença, onde humanismo, aprendizado clássico e ciência experimental convergiram. Embora tenha deixado seu cargo de professor, permaneceu ativo em pesquisa e inovação até sua morte em Veneza, em 1636. Hoje, Santorio é lembrado como um pai da fisiologia experimental, um visionário que trouxe precisão e objetividade ao estudo do corpo humano séculos antes do surgimento da biomedicina moderna.
Mais sobre o vendedor
Clássico médico extremamente raro que introduziu a medição quantitativa do pulso.
Esta é a segunda edição da obra extremamente rara de Santorio, na qual ele introduziu a ideia radical de que as propriedades do corpo dependiam não apenas da interpretação galênica imprecisa do equilíbrio dos humores, mas também de qualidades que poderiam ser medidas quantitativamente com instrumentos.
Neste trabalho, Santorio apresentou sua primeira discussão sobre seu pulso-relógio (‘pulsilogium’), o primeiro instrumento para medir o pulso, e sua escala (veja abaixo para mais detalhes). Este é um dos livros médicos mais raros do século XVII.
Ao longo da maior parte dos séculos XVII e XVIII, o nome de Santorio foi associado ao de Harvey como a maior figura na fisiologia e medicina experimental, devido à sua introdução de instrumentos de precisão para estudos quantitativos.
Ele também foi o fundador da pesquisa metabólica. Usando-se como sujeito, Santorio realizou uma longa série de experimentos com a balança e o relógio de pulso mencionados aqui pela primeira vez, bem como com um termômetro e outros instrumentos de medição. Ele utilizou esses instrumentos para medir fenômenos metabólicos como a frequência do pulso, a respiração, a temperatura corporal e as variações diárias no peso do corpo em relação à ingestão e excreção. O trabalho de Santorio introduziu a experimentação quantitativa na ciência biológica e abriu caminho para a análise matemática e experimental dos fenômenos fisiológicos.
SOBRE O LIVRO:
O título completo do livro é 'Sanctorii Sanctorii Justinopolitani Medici ac Philosophi, Methodi vitandorum errorum omnium qui in arte medica contingunt libri quindecim : quorum principia sunt ab auctoritate medicorum & philosophorum principum desumpta, eaque omnia experimentis, & rationibus analyticis comprobata. Nunc primum accessit ejusdem authoris De inventione remediorum liber. Cum triplice indice.'
Sanctorius de Justinopolis, Médico e Filósofo, Quinze livros sobre métodos para evitar todos os erros na arte médica: cujos princípios são baseados na autoridade dos principais médicos e filósofos, e todos comprovados por experimentos e raciocínio analítico. Agora, pela primeira vez, acrescenta-se o livro do autor Sobre a Descoberta de Remédios, com um índice triplo.
Em essência, o livro detalha como evitar erros na prática médica fundamentando princípios em autoridades estabelecidas, evidências experimentais e análise lógica. Também inclui uma seção sobre a busca por remédios.
DETALHES DO LIVRO E RELATÓRIO DE CONDIÇÃO
Oitavo, pp. [16] 605 [1], [50] 108. A primeira seção do livro tem 605 páginas, a segunda seção tem 108 páginas. 33 folhas não numeradas no total. Vellum contemporâneo com letras de tinta na lombada. Vellum em ótimo estado. Uma junta está solta, mas o livro permanece bem unido. Possui selo na página de rosto da Bibliothèque de Sciences et Médicales de Ganat (Aller). Nome do antigo proprietário também foi riscado na página de rosto. Página de rosto com letras vermelhas e pretas. Algumas manchas de água menores na parte inferior de algumas páginas. No geral, as páginas estão nítidas e limpas. Não há evidências de manchas de ferrugem ou vermes. Condição: muito bom.
Análise de raridade
Este livro é extremamente raro. Segundo a USTC, ele está disponível em quatro edições: a primeira edição de Veneza de 1603, a segunda edição de 1630 (Genebra), que é a cópia oferecida, a segunda edição de 1630 (Veneza) e a terceira edição de 1631 (Genebra). O livro é extremamente escasso, sem cópias de nenhuma das edições de 1630 aparecendo em leilões no último século. A de 1603 já apareceu duas vezes, com preços na faixa de três a cinco mil dólares. A USTC observa que há dezesseis cópias da primeira edição (1603) nas bibliotecas do mundo e doze cópias da edição de 1630 oferecida, incluindo três em bibliotecas francesas (incluindo a BNF), quatro na Alemanha, duas na Suíça, uma no Reino Unido (Bodley) e duas nos EUA (Harvard Countway e Georgetown). Uma cópia da primeira edição está à venda no mercado de revendedores hoje por um preço de US$ 12.500.
PROVENANCE
Este livro faz parte da coleção do famoso colecionador francês de livros Arthur Tatossian.
REFERÊNCIAS:
Edição 1603: Garrison-Morton 572.1; Gedeon pp.36-37; Wellcome I, 5757; Alden e Landis 603/101; Krivatsy 10250. 1630 (Genebra): Swissbib 440953898; USTC 6701743.
Importância do livro: Medição da Frequência Cardíaca.
O primeiro médico conhecido a medir sistematicamente a frequência do pulso foi Herophilos de Calcedon, um médico grego que atuou em Alexandria por volta de 335–280 a.C. Ele contribuiu significativamente para os diagnósticos precoces ao usar um relógio de água (clepsydra) para medir a frequência do pulso, permitindo uma avaliação mais objetiva de seu ritmo e taxa. Herophilos entendia o pulso como um indicador de saúde, e seus esforços representaram uma das primeiras tentativas de quantificar a função fisiológica.
O trabalho dele estabeleceu as bases para médicos posteriores, especialmente Galeno no século II EC, que expandiu o diagnóstico pelo pulso ao classificar vários tipos de ritmos de pulso e relacioná-los a doenças específicas. Na medicina islâmica medieval, Avicenna (Ibn Sina) aprimorou ainda mais essa abordagem, enfatizando o valor diagnóstico do pulso e sugerindo que ele poderia refletir não apenas estados físicos, mas também emocionais. Essas contribuições ajudaram a consolidar o pulso como uma ferramenta central na avaliação clínica por séculos.
Após Avicena, o primeiro médico a discutir sistematicamente a medição da frequência do pulso foi Santorio Santorio neste livro. Santorio destacou-se por aplicar a medição quantitativa, baseada em instrumentos, à fisiologia — incluindo o pulso.
Santório introduziu o pulsilogium no início do século XVII — um instrumento inspirado no pêndulo (influenciado pelos estudos de Galileu sobre o movimento). Este dispositivo permitia uma medição precisa e consistente da frequência do pulso, ajustando a frequência de um pêndulo oscilante ao batimento cardíaco do paciente. Diferente do relógio de água de Herófilo, que era mais rudimentar, o pulsilogium oferecia um método padronizado e repetível para medir intervalos de pulso com uma precisão sem precedentes.
Nesse aspecto, Santorio foi um pioneiro da escola iatropísica, que buscava explicar as funções corporais usando princípios de mecânica e matemática. Seu trabalho marcou uma mudança da medicina qualitativa e observacional (caracterizada por Galeno) para uma abordagem quantitativa e empírica, utilizando ferramentas e dados para estudar o corpo humano.
SOBRE O AUTOR:
Nota: Uma discussão fascinante e abrangente sobre a vida notável de Santorio foi publicada por Hollerbach em 2023. Você pode encontrá-la pesquisando no Google Santorio e Hollerbach. Ele discute como o livro presente foi importante para a carreira de Santorio – especificamente, ao permitir-lhe obter uma cátedra prestigiosa em Pádua.
Santorio Santorio (1561–1636), também conhecido como Sanctorius, foi um médico, fisiologista e professor italiano que desempenhou papel fundamental no desenvolvimento inicial da medicina quantitativa. Nascido em Capodistria (agora Koper, Eslovênia), então parte da República de Veneza, foi educado em medicina na Universidade de Pádua, um dos principais centros de investigação científica da Europa durante o Renascimento. Lá, entrou em contato com novas ideias em anatomia, física e ciência experimental que moldariam sua carreira. Inspirado pela filosofia mecânica emergente após as descobertas de Galileu, Santorio buscou integrar matemática e medição na prática tradicionalmente qualitativa da medicina.
Em 1611, Santorio foi nomeado professor de medicina teórica na Universidade de Pádua, cargo que ocupou até 1624. Durante esse período, estabeleceu-se como uma figura central na escola iatorfísica, que aplicava princípios mecânicos e físicos ao estudo do corpo humano. Foi em Pádua que Santorio colaborou com Galileu Galilei e outros filósofos naturais, e onde desenvolveu seu instrumento mais famoso, o pulsilógio. Este dispositivo — essencialmente um pêndulo ajustado para sincronizar com o pulso do paciente — permitiu a primeira medição sistemática e numérica da frequência cardíaca, aprimorando os métodos mais rudimentares dos antigos médicos como Herofilo, que utilizavam relógios de água.
A maior e mais influente obra de Santorio foi a publicação de seu De Statica Medicina (1614), na qual registrou trinta anos de autoexperimentos. Usando uma cadeira de pesagem especialmente projetada, ele mediu meticulosamente seu próprio peso corporal, ingestão de alimentos, excreções e transpiração insensível (a perda de peso não explicada por saídas corporais visíveis). Essa abordagem metódica e baseada em dados fez dele um pioneiro nos estudos metabólicos e um dos primeiros cientistas a enfatizar a importância da observação quantitativa na medicina. Seu trabalho marcou uma transição da teoria humoral da medicina para um modelo mais moderno e empírico.
A integração de instrumentos científicos na medicina por Santorio estabeleceu as bases para avanços posteriores em fisiologia e diagnóstico clínico. Seu trabalho exemplifica o fermento intelectual de Pádua na Renascença, onde humanismo, aprendizado clássico e ciência experimental convergiram. Embora tenha deixado seu cargo de professor, permaneceu ativo em pesquisa e inovação até sua morte em Veneza, em 1636. Hoje, Santorio é lembrado como um pai da fisiologia experimental, um visionário que trouxe precisão e objetividade ao estudo do corpo humano séculos antes do surgimento da biomedicina moderna.
